A palavra Saudade só existe em português, e nem sabem a falta que me faz não conseguir expressar esse sentimento em inglês ou francês.
Só a minha Maria de V.N.Gaia neste momento é que deve ser a única no Auchan que sabe a saudade que sinto de tudo e de todos.
Saudade da minha linda Madrecita, o meu fofo Tonecas, a minha ciumenta Fly, o meu gostosão Tuca, a minha dengosa Avó Lizzie, as minhas tias tão corujas (todas!), as minhas primas, a minha Aninha que é mais que uma prima, a nossa Eny tão família, as minhas tão presentes amigas, os meus desleixados mas carinhosos amigos, a Augusta e a Conceição, as minhas cadelas top-models, o meu quarto bagunçado, a minha casa movimentada, os tardios almoços de domingo, os jantares no Alforno, o meu carpaccio à 5a com a mari, os cafés com as icapotas, as mensagens a toda a hora, o meu carro tão meu, a minha cidade ensolarada ou até mesmo chuvosa.
Sou o oposto de alguém que quer largar tudo isto para se lançar numa aventura como esta. Mas agarro-me a isso que tanta força me dá para continuar. E ouço as palavras amigas. Ouço porque vêm dos que me querem bem. E a quem me quer bem eu não vou desiludir. Estou firme e forte. Sinto que a turbulência e a instabilidade emocional estão quase ultrapassadas. Sinto que cá, já me conseguem ver talvez como eu própria seja. Sinto que já começo a conseguir derreter alguns corações frios e já me deixam entrar aos poucos nas suas vidas.
Obrigada por serem tão presentes.
Obrigada por me fazerem sorrir.
Este post é para vocês.
Saudade.
Pinky
